JollyRoger 80´s

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domingo, 26 de junho de 2011

Druuna



Minha primeira ilustração decente e indecente de Druuna, personagem criada pelo mestre italiano Paolo Eleuteri Serpieri. De acordo com o artista, Druuna foi inspirada na mulher brasileira. Reitero que a fonte de inspiração de Serpieri foi UM dos tipos de mulher brasileira! Afinal, tendo em vista que vivemos em vários Brasis possuímos várias mulheres.


*Clique na imagem para vê-la em escala maior e se masturbe com mais eficiência!
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Celulite




Tenho Tesão em singelas estrias e celulites. Não digo que tenho preferência por mulheres que as possuam ou que estas são mais ou menos bonitas, mas sim, que ao contemplar uma coxa ou quadril onde elas estejam presentes me percebo imerso em uma série de pensamentos, na medida que meu corpo é percorrido por sensações muito interessantes. Imagino todas as reações químicas extraordinárias fruto dessa guerra de hormônios em ebulição constante que acabam por causar as transformações em seus corpos.

Sendo um aficcionado por montagens e efeitos de photoshop em fotografias vai parecer paradoxal quando afirmo que Não tenho atração por pessoas photoshopeadas. A ilusão não me fascina em certo sentido. Detesto essa busca desenfreada pelo anti-natural.

Uma mulher real é sim, apaixonante. Sentadas no ônibus com seus fones de ouvido, rabo de cavalo e calça jeans colada. Procurando seus livrinhos de vampiros nas livrarias nos shoppings da cidade, com seus óculos, espinhas e maquiagens pretensamente personalizadas. Passeando rebolando suas bundinhas salientes, tomando guaraná natural e usando all-star cano longo. Indo para o trabalho com visual executivo prendendo seu salto alto nas pedras portuguesas.

Quando elas caminham apressadamente pelo centro da cidade vislumbro na parte de trás da coxa aquelas singelas... seriam gordurinhas? Bem discretas. Dando leves tremidinhas. Não há como não gostar da mulher real.

E da casa para o trabalho, do trabalho para casa cruzamos com milhares de deusas anônimas mais gostosas que qualquer anoréxica milionária das passarelas e do cinema. E nenhuma mortal de fascínio real acredita quando isso lhe é revelado. Triste sina de todos nós, formiguinhas, de não enxergar coisas óbvias.






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existo, rabisco, insisto!



Clico!

"TOP SECRET - Super Confidencial" Um clássico das comédias inteligentes.


“As pessoas mudam, os cortes de cabelo mudam, as taxas de Over Night flutuam...”


Essa frase é uma de muitas tiradas absurdas do fantástico filme "TOP SECRET" do famoso trio ZAZ (os roteiristas e diretores David Zucker, Jim Abrahams, Jerry Zucker). Trata-se de uma extraordinária (palavra difícil de ser usada) comédia (gênero difícil de ser produzido) estadunidense nonsense de 1984.

No elenco, uma variedade de atores como Val Kilmer, Lucy Gutteridge, Omar Sharif, e as lendas de filmes de terror antigos da produtora Hammer, Michael Gough e Peter Cushing.

A trama super confidencial

Se Deus ou algum tipo de Justiça sob os céus existissem ambos saberiam como odeio sinopses, mas vamos lá: Nick Rivers (Val Kilmer) é um cantor americano de rock, estilo Elvis, que vai até a pacata Alemanha Nazista para fazer um show. A premissa inicial já é totalmente absurda. 

Só que, na verdade, o evento serve como pano de fundo para manobras sórdidas dos nazistas contra os Aliados. No processo, Rivers se apaixona por Hillary Flammond (Lucy Gutteridge), que teve seu pai (Michael Gough), um renomado cientista sequestrado pelos alemães.

Chegando na França ocupada, Nick e Hillary juntam-se à Resistência Francesa. Esta tem dentre seus membros mais brilhantes o francês otimista "Deja Vu" e um combatente negro chamado Musse de Chocolate. Mas uma surpresa do destino abala as pretensões de Nick. 

O líder da Resistência é nada mais nada menos que Nigel (loiro, atlético e com visual estilo príncipe valente), o primeiro amor de Hillary, que passou toda a infância e adolescência com ela em numa Ilha Deserta (paródia ao filme Lagoa Azul), até ser resgatado por revolucionários comunistas soviéticos. 



Uma das cenas mais engraçadas é a do rebelde francês Déja Vu aconselhando Nicky. Após um discurso de como se deve encarar as adversidades da vida de uma maneira madura, o mesmo se atira pela janela após espirrar nas mãos! Esse ator (Jim Carter) e personagem rouba todas as cenas em que aparece. 


O filme abusa das referências. Obviamente se tornará mais divertido se você entendê-las. O que considero praticamente inviável para o público atual. O trio de diretores foi responsável pelas melhores comédias norte-americanas nos anos 1980 e 1990, como"Apertem os cintos, o piloto sumiu" (Airplane), "Corra que a polícia vem aí" (The Naked Gun), "Top Gang" (Hot Shots!).


Em uma sequência, Nick Rivers encontra-se detido em uma prisão alemã e recebe a visita de seu empresário. Este, cabisbaixo e desesperançoso, diz que a situação está complicada e que ele já falou com várias autoridades, mas que nada havia adiantado... ele não conseguia levar sua mulher ao orgasmo! 

O filme é cheio desses "plot twists", que seguem o estilo dos outros filmes dos diretores. Personagens vivendo situações nonsenses e completamente absurdas com a maior naturalidade do mundo. Nesta mesma cena, Nick se compadece e retira debaixo de sua cama na prisão um aparelho para que seu amigo tente resolver seus problemas conjugais. 


Apesar de ser uma comédia, que é um gênero que não é conhecido por investimentos pesados em efeitos especiais e onde geralmente as coisas se tornam mais engraçadas por serem mal feitas mesmo, Top Secret se destaca por sequências de apuro técnico. Como na parte em que o personagem de Val Kilmer entra em uma biblioteca e contracena com Peter Kushing. Reparem que toda essa sequência foi gravada originalmente ao contrário!



No final do filme também tem uma cena de luta gravada debaixo d´água em que herói e vilão brigam em um salloon de velho-oeste submarino. Muito engraçada e bem feita, assim como outras sequências repletas de gags visuais, brincadeiras com noções de perspectivas e tamanhos dos objetos em cena. Se não estiver prestando atenção você acaba perdendo a piada. 


Déja Vu e Musse de chocolate entram disfarçados no quartel-general inimigo, perfeitamente camuflados como soldados alemães. E prestem atenção também na roupa dos bailarinos quando os protagonistas assistem ao balé. 




Uma época em que o politicamente incorreto reinava absoluto no mundo e que as adaptações de títulos de filmes no Brasil andavam de mãos dadas com a coerência. Top Secret é uma paródia dos filmes de espionagem e musicais de rock, com seus habituais números musicais e dramas de combatentes de guerra, irmãos de armas. 

Infelizmente, é um filme que provavelmente não provocará sorrisos ou gargalhadas em telespectadores mais jovens, pois, além de ser necessário que se preste atenção realmente em tudo o que acontece em cena, o filme funciona melhor se você tiver um certo conhecimento de fatos históricos, assim como dos outros filmes que são parodiados. 

Provavelmente o destino de Top Secret seja se tornar um clássico esquecido de um passado recente. Incompreensível para as novas audiências, não muito exigentes, entorpecidas com o senso de humor padrão Globo Filmes de qualidade e por youtubers imbecilizados.  









Curiosidades:

Val Kilmer e Michael Gough voltaram a trabalhar juntos no ano de 1995 em outra "comédia" de sucesso. Em "Batman Forever", versão do personagem dirigida pelo ousado Joel Schumacher, eles interpretaram Bruce Wayne/Batman e Alfred, o mordomo prodígio, respectivamente.






Peter Cushing, que interpretou o proprietário da Biblioteca era famoso por ser Van Helsing em muitos filmes do Drácula. Também foi uma das encarnações do Dr. WHO. E talvez seu papel mais famoso, apesar de pequeno, seja o do Governador Tarkin (Grand Moff Tarkin) em Star Wars Episódio IV Uma Nova Esperança. 



O personagem reapareceu nas telas em ROGUE ONE, derivado da franquia Star Wars. Um ator interpretou o papel e com as novas tecnologias as feições de Peter Cushing foram inseridas digitalmente. Não está 100% perfeito, mas ficou muito bom e valeu a homenagem. 




Peter Cushing is dead. Rogue One’s resurrection is a digital indignity