JollyRoger 80´s

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Grandes Catástrofes Mundiais

Olá crianças, hoje daremos início à discussões sobre grandes catástrofes mundiais. Como por exemplo, a peste negra no século XIV e as Bombas atômicas lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Seguindo o moderno cronograma didático e imparcial democraticamente imposto pela direção da escola e aprovado pelos pais na última reunião, começaremos a analisar os acontecimentos em graus de importância. Então, de início trataremos da explosão de uma refinaria de petróleo no Texas no ano de 1997 (...)

Na próxima semana, continuando no tema proposto sobre grandes tragédias na História da Humanidade, veremos a ascensão e consolidação do Cristianismo em Roma, as Cruzadas e a Contra-Reforma.

Daremos um salto para a modernidade e trataremos do Descobrimento do Brasil e do uso da mão-de-obra escrava proveniente da África, chamando atenção para o fato de que devido a uma série de conflitos entre etnias rivais, os próprios africanos vendiam seus prisioneiros de guerra (negros) como mercadoria para os europeus.

Para quem quiser e puder vir no sábado, teremos uma aula extra muito importante acerca das consequências da ação de religiosos no cenário político e artístico nacional e o espantoso sucesso de ditadores caricatos na América Latina.

Vale ressaltar que já estão abertas as inscrições para o Curso "Teorias da Conspiração: Manobras obscuras encomendadas pela elite conservadora estadunidense e suas freqüentes tentativas de manutenção do desastroso status quo mundial"

1° aula_ anos 40_ A expulsão de Charles Chaplin dos EUA sob acusação de apoio ao Comunismo;


2° aula_ anos 60_ Assassinato de Malcolm X e Martin Luther King e o suposto envolvimento do FBI no último caso.



3° aula_ anos 70_ A retirada dos títulos mundiais de Cassius Clay (Muhammad Ali) após sua conversão ao Islamismo e recusa na participação na Guerra do Vietnã;


4° aula_ anos 80_ O assassinato de John Lennon;


5° aula_ anos 90 e 2000 _ A tentativa de destruição, a perseguição midíatica, o boicote artístico empresarial e posterior assassinato de Michael Jackson.


Espero que gostem.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

VIDEODROME é o agora!

É muito interessante pensar como certas obras (literárias ou cinematográficas) traduzem certas realidades inerentes à época de sua produção. No caso, o filme "Videodrome" de David Cronenberg ( Scanners; A Mosca ) apresentou, no estilo autoral psicológico científico-surrealista do diretor, questões perturbadoras da década de seu lançamento, mas que ainda se mantém atuais. A película é pontuada por um discurso polissêmico que pode dar origem a múltiplas interpretações.

Na trama oitentista, Max Renn (James Woods), é um polêmico executivo de um pequeno canal de TV especializado em atrações violentas e de conteúdo pornográfico, que se encontra insatisfeito com a programação. Renn “por acaso” toma conhecimento do Videodrome, um misterioso programa onde seus participantes se submetem a sessões de tortura e sexo.


Acredita que esse tipo de atração seja o futuro da televisão, tendo em vista o crescente público interessado. Sua busca incessante pelo Videodrome faz com que ele mergulhe em alucinações, conspirações e manipulações cerebrais.


Um aspecto ressaltado por Tadeu Capistrano, Doutor em Literatura Comparada pela UERJ e professor de Teoria da Imagem da Escola de Belas Artes da UFRJ, é crucial para se fazer o link da trama com aspectos da contemporaneidade: o processo de virtualização dos personagens do filme. 

Esse aspecto se manifestou nas pessoas reais nos últimos anos com o Boom de redes sociais como Orkut e Facebook, sendo que este último rendeu um filme sobre seu bilionário criador.

O contexto aparente é: Se as fotos de um evento não forem postadas na internet é como se o mesmo não tivesse ocorrido; se um acontecimento não vira notícia na TV é como se não tivesse existido; se algo não for escrito em livros de História não se torna um fato. 



Outra curiosidade é a busca incessante do protagonista, Max Renn, por uma atração que oferecesse emoções reais e intensas para os telespectadores. Ele e sua amante sadomasoquista Nicki (interpretada por Debbie Harry, vocalista da banda Blondie) cada qual a sua maneira, encontram no subversivo programa Videodrome a válvula de escape ideal para esse público ávido por sexo e violência. 



Acredito que não seja um absurdo afirmar que o Videodrome é o agora!


Alguns “reality shows” na TV aberta expõe seus participantes a situações de dor e humilhação. No Brasil, o mais famoso deles, “Big Brother” (* Pergunte para algum dos participantes ou dos telespectadores se eles sabem o porquê desse nome ) tem apelativo conteúdo sexual e na Internet existem milhares de vídeos com pré-adolescentes dançando lascivamente ou se despindo em tempo real em webcams. Ou seja, o subversivo, o x-rated, o underground tornou-se Instituição, sendo transmitido no horário nobre para milhões de pessoas.


O professor Tadeu Capistrano salientou a idéia dos corpos apáticos, insatisfeitos em sua essência que buscam superexcitação e experiências. Na atualidade, a TV e as redes sociais da internet podem saciar os anseios de milhões de miseráveis por todo o mundo, oferecendo uma espécie de Zoológico online.

A televisão ainda ocupa lugar de destaque como meio de informação e entretenimento barato, mesmo com o advento da internet. O poder que a TV exerce no personagem Max Renn pode servir como exagerada e estilizada metáfora para o modo como as pessoas podem ser influenciadas e manipuladas pelas notícias e por “gurus” televisivos.





Vida longa à nova carne pensante!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Chupa-Cabras

O Chupa-Cabras foi um dos maiores fenômenos midiáticos da década de noventa. Em todo o mundo, mas principalmente no continente americano (em países como México e Brasil) ele ficou conhecido como uma criatura demoníaca cujo único propósito era matar.

No entanto, tudo não passava de mero folclore especulativo. Tratava-se de um ser dócil ansioso por atenção que fez uso de métodos pouco ortodoxos para consegui-la. Em um primeiro momento, foi praticando chupadas seguidas de morte em centenas de milhares de cabras indefesas e sem maiores ambições.

Sua estréia televisiva foi em um domingo no deprimente programa de uma loura chamada Gugu LiberaDo. A atração foi recheada com entrevistas, brincadeiras de pegar o sabão na banheira e depoimentos emocionados de caipiras retardados que juravam tê-lo visto.

O Chupa-Cabras teve uma carreira explosiva, mas ao mesmo tempo muito discreta. Fazendo bom uso da máquina do merchandising seus produtos bateram recordes de vendas como por exemplo brinquedos, fraldas geriátricas, material escolar, preservativos, cd de músicas infantis e aparelhos de sucção.

Contudo, quanto maior o vôo melhor a queda... e o famigerado sugador de cabras sentiu na pele (e carapaça) os efeitos do desgaste de imagem na segunda metade da década. Os convites para o cinema se tornaram escassos sendo que seu grande momento foi em um episódio da cultuada série de ficção-científica "Arquivo X". 

Sua participação em um famoso reality-show foi cancelada no último momento devido à um escândalo sexual ao qual o mesmo se envolveu em parceria com padres da Igreja católica e políticos baianos.

Sua última aparição pública foi em uma audiência na 69° Vara de Família do Fórum da Barra da Tijuca. Onde acompanhado de seus advogados e de amigos próximos como o ET de Varginha, o Chupa-Cabras travou uma acalorada batalha visando o cancelamento da pensão alimentícia que paga para suas duas ex-mulheres.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Michael Jackson "Behind the Mask". Desmascarando uma grande canção.



Desde o começo não recebi com entusiasmo a notícia sobre o lançamento do cd póstumo de Michael Jackson em 2010. Na realidade, o que me desagradou foi saber que as canções que iriam compor o álbum, intitulado simplesmente "Michael", não estavam finalizadas originalmente. Estas eram demos, remendos, fiapos de algo que poderia ser uma música definitiva de Jackson. 

Não sendo hipócrita, é claro que me interessa e muito conhecer material inédito, assim como outros produtos já familiares, mas que nunca foram lançados em VHS e DVD. Como por exemplo, as turnês mundiais HIStory. Muito material continua engavetado e nunca foi promovido devido ao boicote sofrido pelo artista na última década de sua vida. Mas isso é outra HIStória.


Em 2004 um Box chegou timidamente ao mercado. Chamava-se “The Ultimate Collection”. Com ele foi possível conhecer canções "lado b" como "Sunset Driver", "Cheater", "Scared of the Moon", "Beautiful Girl" e a sensacional "Xscape"

O fato é que essas músicas estavam finalizadas e foram lançadas nessa coletânea com o aval do cantor. Ao contrário das "novas" do álbum póstumo “Michael”. Estas foram finalizadas rapidamente por produtores e alguns sacrilégios foram cometidos como a inclusão do rapper “50 centavos”.


Para piorar a situação, a gravadora Sony admitiu em 2018 (depois de um processo movido por uma fã) que utilizou vocais de uma imitador de Michael Jackson em pelo menos 3 músicas. Na verdade, só confirmou o que muitas pessoas já tinham certeza e o ideal é que o dinheiro das vendas desse álbum deveria ser devolvido ou doado para alguma instituição de caridade. 


Em uma rápida audição em algumas músicas do novo álbum caça-níquel, apenas uma me chamou atenção. O nome dela é “Behind the Mask”. Os primeiros segundos dela foram responsáveis por mais uma de minhas escavações arqueológicas musicais (e fílmicas). Estas ocorrem algumas vezes em parceria com outros entusiastas. Logo descobri que o grande Eric Clapton havia gravado a dita música nos anos 80. 

Obviamente surgiu a dúvida: Quem fez o cover? "Behind the Mask" era de Michael Jackson ou de Eric Clapton?

A versão de Clapton é um hit fantástico, com uma pegada bem rock, que pode ser apreciada em diferentes momentos graças ao YouTube. Além de uma versão ao vivo (com participação do guitarrista Mark Knopfler do Dire Straits) também existe outro show em que Clapton canta e toca com Mark King (frontman e baixista do Level 42) e ninguém menos que o Phil Collins (ex-Genesis) na bateria. Todas essas performances podem ser encontradas no YOUTUBE.


Behind the Mask está presente no álbum de estúdio August de Eric Clapton que foi lançado no ano de 1986. 


Num primeiro momento a busca se deu pela procura de vídeos. Em um site de letras de música, o nome de Michael Jackson figurava ao lado de outros compositores nos créditos de “Behind The Mask”. Ao encontrar uma outra versão da música, só que com Greg Phillinganes no vocal, tudo começou a se esclarecer. 

Greg Phillinganes também usa a máscara

Greg Phillinganes não pode ser considerado um artista mundialmente conhecido pelo grande público. No entanto, trata-se de um músico conceituado e talentoso. Tecladista descoberto por Stevie Wonder que tem em seu currículo trabalhos com o próprio, além de Bee Gees, Donald Fagen, Eric Clapton e ... Michael Jackson.

Phillinganes trabalhou com Jackson em seus álbuns mais importantes (Off The Wall de 1979, Thriller de 1982 e Bad de 1987), além de tocar sintetizadores em suas turnês, sendo inclusive diretor musical das turnês Bad e Dangerous.


Em 1984, Phillinganes lançou seu segundo álbum solo, chamado “Pulse” (não confundir com o do Pink Floyd). Nesse disco encontra-se o hit “Behind the Mask”. Entende-se que Phillinganes e Jackson a gravaram na mesma época e posteriormente Clapton fez um cover em 1986.

Como prova de ausência de rivalidades todos dividiram o mesmo palco no famoso Festival de Montreaux onde numa grande performance “Behind the Mask” é apresentada com Greg Phillinganes (no vocal e sintetizador), Eric Clapton na guitarra e vocoder e Phil Collins na bateria. 


Y.M.O. = Yellow Magic Orchestra

Por sorte a arqueologia videoclíptica musical não parou por aí. Pois a revelação final é que “Behind the Mask” é a canção original de uma banda tecnopop japonesa chamada Yellow Magic OrchestraFormada por Haruoni Hosono (baixo), Yukihiro Takahoshi (bateria) e Ryuchi Sakamoto (sintetizadores e vocal). Como todo grupo de música eletrônica dos anos 80, o Y.M.O. (Yellow Magic Orchestra) sofre influência direta dos alemães do Kraftwerk



Michael Jackson complementou a canção original do Y.M.O. com novos versos e a partir dessa versão, Phillinganes e Clapton fizeram as suas versões. Curiosamente, o próprio Ryuchi Sakamoto gravou “Behind the Mask”, novamente, mas agora fazendo com sonoridades parecidas com as da versôes de Phillinganes  e Clapton, com a letra de Jackson. 

A música original do Y.M.O. é formidável e todas as versões posteriores ficaram ótimas! Infelizmente é impossível dizer até onde Jackson dedicou-se em sua gravação, já que esta emergiu somente agora num álbum póstumo meio Frankenstein, sem sua assinatura final. 

De qualquer forma, a Behind the Mask de Jackson, que demorou décadas para ver a luz do dia também é ótima. E justiça seja feita, ao contrário dos outros videoclips póstumos que andaram sendo lançados, os dois vídeos desta grande canção são muito bons. Um se passa em uma baile de máscaras onde todos os participantes usam peças que fazem referências à carreira de Michael. 

E o outro vídeo é ainda mais bacana, pois trata-se de uma intrincada colagem de imagens gravadas por fãs do mundo inteiro, fazendo performances e diversos tipos de homenagens. Fica evidente que a arte e a mensagem de Michael é seu maior legado para a humanidade e nenhuma tentativa de detratores vai apagar isso. Grande parte das pessoas já enxergam as reais intenções por trás de suas máscaras. 




BONUS TRACKS:




Behind The Mask


All along I had to talk about it

But like a two edged sword

it cuts you and it stabs me

All along I knew you were a phony girl

You sit behind the mask and you control your world


You sit around and I watch your face

I try to find the truth, but that's your hiding place

You say you love me, but it's hard to see

'Cause when he's in your arms, you're throwing rocks at me


Who do you love?, Is it me with you?, I don't know

Who do you love? I don't want ya if you can't answer

But you know me


(There is nothing in your eyes) There is nothing in your eyes

(But that's the way you cry) But that's the way you cry girl 

(Cry girl)


(All is grand, all is bright) All is grand, all is bright

(You're just studying my mind)


I walk around, I'm suffering in my doom

When I come to you, you're sitting in your room

You sit around in the strangest place

So take off the mask, so I can see your face


Who do you love? Is it me with you? I don't know

Who do you love? I don't want ya if you can't answer, I know you


(Heaven must be wary) Heaven must be wary

(Your smile is scary) You got me spinnin', girl

(Insincere, empty tears) Every year, yours are good

(Where's your soul? Where'd it go?) You got me scared, girl


(Heaven must be wary) Heaven must be wary

(Your smile is scary) You know where you've been

(Insincere, empty tears) Every year, na na na

(Where's your soul? Where did it go?)


I walk around, I'm suffering in my doom

When I come to you, you're sitting in your room

You sit around in the strangest place

So take off the mask, so I can see your face


Who do you love? Is it me with you?, I don't know

Who do you love? I don't want ya if you can't answer, I know you


Who do you love?, Is it me with you?, I don't know

Who do you love? I don't want ya if you can't answer, I don't know


I don't wanna talk about it (Let's talk about it)

I don't wanna talk about it (Let's talk about it)

I don't wanna talk about it (Let's talk about it)


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Meus Delorean, Maverick e Mplafer

Finalmente resolvi parar com os planejamentos e decidi dar um ponto final em algumas de minhas obsessões automotivas. Não sou um escravo deslumbrado por esses carros novos, mas um "Maverick" e um "Mplafer" sempre foram ambições tolas do meu ser. (Desejos possíveis, pois um "Delorean" está fora de cogitação).



Contrariando os conselhos de amigos confiáveis sobre as desvantagens (sem contar o valor de mercado) quanto a posse de ambas as máquinas raras, decidi arriscar. Vale ressaltar que tal atitude não é a melhor opção em alguns casos. Mas, foi desse jeito que aconteceu e venho por esse meio, meu blog, detalhar o processo de aquisição dos tesouros abaixo.






Digitei as palavras "Ford Maverick" e "Mplafer" no Google Imagens. Cliquei com o botão direito do mouse nas melhores fotos dos mesmos. Selecionei a opção "Salvar imagem como...". Batizei-as como "Ford Maverick preto 1970" e "Mplafer 1981" antes de "Salvar". Ambos agora me pertencem.

Estacionados em uma pasta em "Roger Imagens" para minha contemplação. Posso usufruir deles quando quiser e só Hackers tem a chance de roubá-los de mim. Mesmo SE fizesse uso de bebidas alcoólicas não teria perigo de atropelar pessoas inocentes. Mas não bebo e não mataria ninguém... dessa maneira.