JollyRoger 80´s

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sábado, 9 de abril de 2011

1984 de George Orwell



Gostaria de postar alguns trechos bastante interessantes do clássico literário distópico ''1984'' de George Orwell.

"Ao futuro ou ao passado, a uma época em que o pensamento seja livre, em que os homens sejam diferentes uns dos outros e que não vivam sós - a uma época em que a verdade existir e o que foi feito não puder ser desfeito: Cumprimento da era da uniformidade, da era da solidão, da era do Grande Irmão, da era do duplipensar!"

"Como poderia apelar para o futuro sendo impossível a sobrevivência física de um vestígio do indivíduo, e até mesmo de uma palavra anônima rabiscada num pedaço de papel?"

"E se todos os outros aceitassem a mentira imposta pelo Partido - e se todos os anais dissessem a mesma coisa - então a mentira se transformava em história, em verdade."


"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão. Ignorância é Força."


"É lindo destruir palavras. Naturalmente o maior desperdício é nos verbos e adjetivos, mas há centenas de substantivos que podem perfeitamente ser eliminados. Não apenas os sinônimos; os antônimos também. Afinal de contas, que justificação existe para a existência de uma palavra que é apenas o contrário da outra? Cada palavra contém em si o contrário.

"Bom", por exemplo. Se temos a palavra "bom", para que precisamos de "mau"? "Imbom", faz o mesmo efeito. e melhor, porque é exatamente oposta, enquanto que mau não é. Ou ainda, se queres uma palavra mais forte para dizer "bom", para que dispor de toda uma série de vagas e inúteis palavras como "excelente" e "esplêndido", etc e tal?

"Plusbom" corresponde à necessidade, ou "Dupliplusbom" se queres algo ainda mais forte."


"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado.''


''Duplipensar quer dizer a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias. E aceitá-las ambas.'' (...) O intelectual do Partido sabe em que direção suas lembranças devem ser alteradas; portanto sabe que está aplicando um truque na realidade. 

(...) Mas pelo exercício do Duplipensar ele se convence também de que a realidade não está sendo violada. (...) O processo tem que ser consciente, ou não seria realizado com precisão suficiente, mas também deve ser inconsciente. Ou provocaria uma sensação de falsidade e , portanto, de culpa. Mesmo no emprego da palavra Duplipensar é necessário duplipensar.

Pois usando-se a palavra admite-se que se está mexendo na realidade; é preciso um novo ato de duplipensar para apagar essa percepção. E assim por diante, indefinidamente, a mentira sempre um passo além da realidade.''


''O horrível dos Dois Minutos de Ódio era que embora ninguém fosse obrigado a participar era impossível deixar de se reunir aos outros. Em 30 segundos deixava de ser preciso fingir. Parecia percorrer todo o grupo, como uma corrente elétrica, um horrível êxtase de medo e vindita, um desejo de matar, de torturar, de amassar rostos com um malho, transformando o indivíduo, contra a sua vontade, num lunático a uivar e fazer caretas...''


"Como é que um homem afirma o seu poder sobre o outro, Winston? Exatamente. fazendo-o sofrer. A obediência não basta. A menos que sofra, como podes ter certeza de que ele obedece tua vontade e não a dele?"


"Uma vez me perguntaste - disse O´Brien- o que havia na Sala 101. E eu te disse que sabias a resposta. Todos sabem. O que há na Sala 101 é a pior coisa do mundo."


(...)



George Orwell


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